quarta-feira, 21 de março de 2012

Polícia investiga suspeita de envenenamento de animais em SP.

Cachorro de associação beneficente onde cães podem ter sido envenenados 
(Foto: Fabiano Correia/G1)

Presidente de associação diz que uma cadela morreu e outras passaram mal.
Vigilância ambiental indica 'sugestivo de envenenamento'.
A Polícia Civil investiga uma suspeita de envenenamento de animais em uma ONG na Rua José Ariza, na Zona Leste de São Paulo. Segundo Roseli Aparecida, presidente da Associação Beneficente Ação Social de Mulheres da Zona Leste, pelo menos quatro cachorros que ficam no terreno onde a instituição funciona foram envenenados entre sexta (16) e esta segunda-feira (19). Uma cadela de aproximadamente 10 anos morreu.
Segundo Roseli, o primeiro caso aconteceu na tarde de sexta na associação, que oferece aulas de dança, crochê, entre outras atividades. “Tem uns meninos que sempre vêm aqui ajudar a limpar o terreno, aí eles falaram que a Laila, uma cadela, estava passando mal”, disse. Roseli ofereceu água ao animal, mas ele começou a vomitar e a piorar. Laila ficou quase o dia inteiro internada, mas não teve maiores complicações.
Já nesta segunda, ao entrar na associação por volta das 7h, Roseli encontrou uma cadela morta e duas passando mal da mesma forma que Laila. “Acionamos a polícia, e a própria viatura levou as cadelas até um veterinário”, contou. Depois do ocorrido, Roseli acionou a Vigilância Ambiental, da Prefeitura de São Paulo, para avaliar a situação do imóvel.
Sugestivo de envenenamento
Segundo Sandra Midori Araki, funcionária da vigilância que foi à associação na manhã desta segunda, foi constatado que o local é limpo, com água e alimentação disponível aos cães, que são bem cuidados e saudáveis. “É uma propriedade fechada com mais ou menos nove cães. Pelo animal que morreu, eu não posso dizer que foi realmente envenenamento, apesar de ser um óbito agudo e ter salivação. Há, então, um sugestivo de envenenamento”, disse.
A presidente da associação foi ao 103º Distrito Policial, em Itaquera, na manhã desta segunda, para registrar um boletim de ocorrência. Ela disse que suspeita que um homem que mora em um condomínio vizinho seja o responsável pelos envenenamentos. “Há uns 15, 20 dias, ele procurou um rapaz que fica aqui na associação e falou que se não tirássemos os animais, ele ia matar”, comentou Roseli.
Gato que vive na associação beneficente
(Foto: Fabiano Correia/G1)

Abrigo
Segundo Roseli, havia oito cachorros e oito gatos na associação antes da morte da cadela. “As pessoas foram jogando animais aqui, aí cuidamos e castramos para doar, mas ninguém quis”, contou. A partir daí, os bichinhos ficaram no local recebendo cuidados. Uma amiga da associação leva comida para os animais com regularidade, pois, segundo Roseli, a instituição não tem recursos para cuidar de todos os animais.
Apesar da falta de recursos, a presidente disse que o local é fechado, os animais são bem cuidados e limpos e não atrapalham ninguém. “Eles só andam no terreno mesmo. E quando alguém tem medo, nós prendemos todos. Não são agressivos, cuidamos direitinho", afirmou. “No momento em que o pessoal não tem dó, compaixão dos animais, o que nós vamos ter?”.
Roseli Aparecida (à esq.), Wesley Luiz, Maria Aparecida Silva e Julio Torres com os cães da associação (Foto: Fabiano Correia/G1)

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